Pesquisa do IBGE revela salto significativo no uso de IA pela indústria brasileira
- youtube3407
- 24 de set.
- 3 min de leitura

A transformação digital avança em ritmo acelerado no setor industrial e a inteligência artificial tem se consolidado como uma das principais ferramentas desse processo. O que antes parecia distante ou restrito a empresas de tecnologia agora se torna cada vez mais presente na rotina de fábricas, linhas de produção e áreas administrativas. O recente levantamento do IBGE mostra como essa mudança está impactando profundamente a forma de produzir, vender e se relacionar com o mercado.
Em apenas dois anos o uso de inteligência artificial nas empresas industriais brasileiras cresceu de forma expressiva conforme levantamento da Pesquisa de Inovação Semestral (Pintec) do IBGE em 2024. O percentual das companhias que adotam IA saltou de 16,9% em 2022 para 41,9% em 2024, representando aumento de 163 % no número absoluto de empresas utilizadoras, passando de 1.619 para 4.261 unidades. Esse crescimento reflete tanto a maior familiaridade com as ferramentas digitais como sua difusão acelerada a partir de inovações mais visíveis, como as IAs generativas, que produzem texto, imagens e sistemas de conversação, além de melhorias em tecnologias de reconhecimento de fala e imagem, aprendizado de máquina, automatização de processos e manutenção preditiva dentro da produção.
Indústria brasileira usando cada vez mais a IA
O estudo aponta que o tamanho da empresa exerce forte influência no grau de adoção: companhias com 500 ou mais empregados registram 57,5 % de uso de IA; aquelas entre 250 e 499 funcionários, 42,5%; e as menores, de 100 a 249 funcionários, cerca de 36,1%. As áreas administrativas e de comercialização são as que mais utilizam IA dentro das empresas. Em termos setoriais os setores de equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos lideram o uso, seguidos por máquinas, aparelhos e materiais elétricos e produtos químicos. Por outro lado setores como fumo, couro e manutenção, reparação e instalação de mecanismos apresentam menor penetração da tecnologia.
Além da IA, o levantamento mostra que quase 90 % das empresas industriais já utilizam ao menos uma tecnologia digital avançada. Os destaques vão para computação em nuvem, internet das coisas, robótica, big data e manufatura aditiva, apesar de estas últimas terem menores níveis de uso. Os benefícios percebidos pelas empresas que adotam tecnologias digitais avançadas incluem aumento de eficiência, maior flexibilidade nos processos administrativos e produtivos, melhoria no relacionamento com clientes ou fornecedores, eficácia no atendimento ao mercado, desenvolvimento de novos produtos ou serviços e também redução do impacto ambiental. Menos da metade relata que essas tecnologias abriram mercado novo para seus negócios.
As motivações declaradas para a adoção incluem estratégia interna da empresa em praticamente 90% dos casos, influência de fornecedores ou clientes e pressão competitiva. Programas públicos e privados de apoio têm relevância menor, poucos se beneficiam diretamente deles. Entre os principais obstáculos para quem ainda não adotou ou para tornar mais intensa a adoção estão os altos custos e a falta de pessoal qualificado.
O resultado da pesquisa permite concluir que a adoção tecnológica deixou de ser diferencial para se tornar condição de sobrevivência no setor industrial. Empresas que não integrem IA e outras tecnologias digitais avançadas correm risco de ficar fora das cadeias produtivas ou de perder competitividade. Nesse cenário políticas públicas, capacitação e investimentos em infraestrutura tecnológica serão centrais para ampliar o alcance da IA também em empresas menores e setores menos digitalizados.
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